- Nome Científico: Achatina fulica
- Nomes Populares: Acatina, Caracol-africano, Caracol-gigante, Caracol-gigante-africano, Caramujo-africano, Caramujo-gigante, Caramujo-gigante-africano, Falso-escargot, Rainha-da-áfrica
- Ordem: Stylommatophora
- Classe: Gastropoda
- Filo: Mollusca
- Reino: Animalia
- Partes Afetadas: Caule, Flores, Folhas, Frutos
- Sintomas: Partes das plantas roídas, rastros de secreção sobre as plantas e vasos
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O
caramujo-gigante-africano, Achatina fulica, é um molusco oriundo da
África. Ele também é chamado de acatina, caracol-africano, caracol-gigante,
caracol-gigante-africano, caramujo-gigante, caramujo-gigante-africano ou
rainha-da-África.
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Esse animal pode
pesar 200 gramas, e medir cerca de 10 centímetros de comprimento e 20 de
altura. Sua concha é escura, com manchas claras, alongada e cônica. Além disso,
sua borda é cortante. Foi introduzido ilegalmente em nosso país na década de
80, no Paraná, com o intuito de substituir o escargot, uma vez que sua massa é
maior que a destes animais. Levado para outras regiões do Brasil, tal espécie
acabou não sendo bem-aceita entre os consumidores, e também proibida pelo
IBAMA, fazendo com que muitos donos de criadouros, displicentemente, liberassem
seus representantes na natureza, sem tomar as devidas providências.
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Sem predadores
naturais, tal fator, aliado à resistência e excelente capacidade de procriação
desse animal, permitiram com que esse caramujo se adaptasse bem a diversos
ambientes, sendo hoje encontrado em 23 estados. Só para se ter uma ideia, em um
único ano, o mesmo indivíduo é capaz de dar origem a aproximadamente 300 crias.
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Além de
destruírem plantas nativas e cultivadas, alimentando-se vorazmente de qualquer
tipo de vegetação, e competir com espécies nativas – inclusive alimentando-se
de outros caramujos; tais animais são hospedeiros de duas espécies de vermes
capazes de provocar doenças sérias. Felizmente, não foram registrados casos em
que essa doença, em nosso país, tenha sido transmitida pelo caramujo-gigante.
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São elas:
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Angiostrongylus costaricensis:
responsável pela angiostrongilose abdominal, doença que provoca perfuração
intestinal, de sintomas semelhantes aos da apendicite;
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Angiostrongylus cantonensis:
responsável pela angiostrongilíase meningoencefálica, de sintomas variáveis,
mas muitas vezes fatal.
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Tanto uma quanto
outra ocorrem pela ingestão do parasita, seja pelo manuseio dos caramujos, ou
ingestão destes animais sem prévio cozimento, ou de alimentos contaminados por
seu muco, como hortaliças e verduras. Assim, é importante o uso de luvas ou
sacolas de plástico ao manipular os caramujos, cozer antes se comer a sua
carne, e desinfeccionar itens alimentares, lavando-os e deixando-os de molho de
quinze minutos a meia hora, em aproximadamente uma colher de água sanitária
para um litro de água.
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Quanto ao
controle desse molusco, indica-se a catação manual dos indivíduos e de seus
ovos, colocando-os em dois sacos plásticos, com a posterior quebra de suas
conchas antes de eliminá-los. Isso porque tais estruturas podem acumular água,
sendo um criadouro em potencial para os ovos do Aedes aegypti. Depois,
recomenda-se a aplicação de cal virgem sobre os caramujos quebrados, e o
posterior enterramento, em local longe de lençóis freáticos, cisternas ou poços
artesianos.
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Observação:
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Existem linhas de
pesquisa que se focam em mostrar o outro lado da questão, afirmando que medidas
visando à eliminação do caramujo são muito extremas, já que o risco dessa
espécie transmitir doenças é muito pequeno, se comparado a outros animais que
temos o hábito de ingerir; e pelo fato de que tal animal tem potencial para o
desenvolvimento de produtos cosméticos e fármacos, como aqueles que combatem a
leishmaniose. Além disso, alguns pesquisadores afirmam que o controle de suas
populações poderia ser mais eficaz se fossem adotadas medidas sérias visando à
utilização desses animais para a alimentação, já que são saborosos, se bem
preparados, e são bastante proteicos.
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O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE:
A automedicação pode ter efeitos indesejados e imprevistos, pois o remédio errado não só não cura como pode piorar a saúde.
Por Mariana Araguaia
A automedicação pode ter efeitos indesejados e imprevistos, pois o remédio errado não só não cura como pode piorar a saúde.
Por Mariana Araguaia
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Bióloga,
especialista em Educação Ambiental
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Equipe Brasil
Escola
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Fonte:
http://www.brasilescola.com/doencas/caramujo-transmissor-doencas.htm
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